quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Luna, indescritivel Luna!




[Em Busca do Título Perfeito (3º Trecho)]





Percebi que ela estava diferente, mais alegre, eufórica até em alguns momentos, como quando o celular avisava a chegada de mensagens ou quando recebia e-mails de um remetente específico. Estava gostando de alguém e eu era um outro alguém despencando do ponto mais alto do mundo. A sensação de vertigem me acompanhou durante todo o tempo que seu romance durou e eu incluí esse homem nas minhas preces, pedi a Deus que o protegesse porque ele era importante para ela e ela era todo o meu ar. Também pedi que ele a merecesse, que soubesse quais eram as suas comidas prediletas, que reparasse nas suas oscilações de humor, que servisse café da manhã para ela na cama em todas as oportunidades, que se sentisse o cara mais sortudo do mundo ao andar de mãos dadas com ela pela rua, que a abraçasse sempre que ela tivesse medo, que a acalmasse quando acordasse assustada com um pesadelo e que soubesse olhá-la quando estivesse nua, olhá-la com o olhar profundo, firme e doce, de admiração, desejo e gratidão, para que ela se sentisse olhada até a alma. E querida. E única. E pedi que Deus tivesse piedade de mim e permitisse que ele, o dono dos suspiros dela, fosse realmente melhor do que eu porque seria insuportável constatar o contrário. Até que essa moça sofreu : o nariz vermelhinho na ponta a denunciou mais do que o celular que emudeceu ou a caixa de e-mails que esvaziou. E eu precisei parar de despencar para segurá-la, retomei minhas forças para que ela visse que eu estava ali bem perto e que tinha dois ombros, dois ouvidos, um colo e um coração quente e que tudo era para ela. Eu conhecia as suas comidas prediletas, suas oscilações de humor, seus medos e daria meu reino pela oportunidade de servir café da manhã para ela na cama e de andar na rua segurando a sua mão mas naquela hora nada disso importava, apenas a minha vontade de acordá-la daquele pesadelo, abraçá-la, acalmá-la e olhá-la de forma profunda, firme e doce, até que a sua alma, nua, se sentisse olhada.


Quando li este texto, foi como mergulhar em mim mesma...
E em todas as pessoas que amam e são amadas.
Por isso pedi a deslumbrante Luna que me permitisse postá-lo aqui.
E ela doce que é , concedeu a tão esperada autorização. 
Li novamente e novamente me emocionei.
Para quem não conhece e creio que são poucos o blog é:
http://palavrasdeluna.blogspot.com/